COMUNIDADE: Filosofia, Prosa e Poesia
Postado por Comunidades | às 10:00
| Postado em

Participe da comunidade no Orkut comandada pelo poeta Junior Guedes
Filosofia, Prosa e Poesia.
Destinada aos amantes da prosa e poesia sertaneja.
É interessante porque lá os poetas glosam motes que são publicados.
(CLIQUE AQUI)
Veja algumas glosas:
Um boi que saiu da canga
Ainda com marca no lombo
Entre tropicão e tombo
Busca refúgio na manga
Com a mutuca se zanga
Lembra a vara que o furou
Depois lambe onde ficou
A ferida do ferrão
E o caçote lambe o chão
Da cacimba que secou
Quatro latas na cangalha
Sacolejam o jumento
E o bruto no passo lento
Sente o sol como navalha
Em cada lata chacoalha
Toda água que restou
Da fonte que sustentou
Até o último rachão
E o caçote lambe o chão
Da cacimba que secou
( Alexandre Morais)
Tem que ter coração forte
Prá suportar as agruras
Ver as coisas "muito escuras"
E não reclamar da sorte
Não temer nem mesmo a morte
Se virar com o que restou
Assistindo ao triste show
Cena comum no sertão
O caçote lambe o chão
Da cacimba que secou.
(Clênio Cordeiro)
Nordeste do meu Brasil
Há cinco séculos sofres
Políticos enchem cofres
Indústria da seca, vil
Um horizonte se abriu
O momento é vencer ou
Ver junto a quem ficou
Contrário à TRANSPOSIÇÃO
Caçote lambendo o chão
Da cacimba que secou!
(João Alderney)
O sertanejo é um forte
Sua vida é uma disputa
Cada dia é uma luta
Para escapar da morte
Não espera pela sorte
Pois a espera matou
Quem por aqui já passou
Vivendo de ilusão
O caçote lambe o chão
Da cacimba que secou
(Júnior Guedes)
O carão não canta mais
Ninguém vê sinal no céu
A abelha deixa o mel
Sem matéria que o faz.
Sertanejo sem ter paz,
Pede ajuda ao Criador,
Mas aumenta sua dor
Quando vê, com emoção,
Caçote lambendo o chão
Da cacimba que secou!
(Veronica Sobral)
Sertão, meu sertão querido
aqui eu quero morrer .
sertão que me viu nascer,
onde a passarada canta
onde a linda asa branca
por aqui não mais passou
onde deixei o amor
que roubou meu coração.
E o caçote lambe o chão
da cacimba que secou.
(Pepita)
Quando a chuva d'água sessa
E a seca inverte o jogo,
Mandando chuva de fogo,
Queimando tudo de pressa.
Sertanejo faz promessa
Diz que foi Deus quem mandou...
Sabiá encerra o show
Pra compor nova canção,
E o caçote lambe o chão
da cacimba que secou.
( José Alan)
Quando as nuvens não mais
Aparecem no nascente,
O acauã faz repente
Nas varas dos urtigais,
Avisando os funerais
De tudo que já brotou
Lembrando que só restou
Nas veredas do sertão
Caçote que lambe o chão
Da cacimba que secou
(Geo)
Ainda tem muita glosa na comunidade...
Comments (0)
Postar um comentário