A MISSA GONZAGUEANA

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“Ninguém esquece sua voz de ouro,
Chapéu de couro (seu maior troféu).
A “Asa Branca” se tingiu de luto
E o rei matuto foi tocar no céu.”


Papa Berto,

Só faltou você (ou tava lá disfarçado?) no tributo a Luiz Gonzaga desta terça (02/08/11), na Igreja/Pátio São Pedro.

Além do padre Luizinho (de Tuparetama/Carnaíba/São José), que é também músico e poeta e presidia a celebração religiosa/poético/musical, estava presente todo o grosso do forró nordestino: Camarão, Santana, Maciel Melo, Alcimar Monteiro, Josildo Sá, Bia Marinho, Galego do Pajeú, Terezinha do Acordeon, Luizinho, Trio Nordestino, Quinteto Violado, Ed-Carlos, Petrúcio Amorim, Xico Bizerra, Cesar e Cristina Amaral, Bruno Lins e muito mais gente.

Muitos poetas também estavam presentes: Vinicius Gregório, Felipe Jr, Zelito Nunes, Paulo Moura, Padre Brás (concelebrante), Paulo Carvalho, Jr. do Bode (presidente do Memorial Luiz Gonzaga, em festa pelo seu 4º ano de trabalho) e muito outros.

Do altar (de onde o padre Luizinho comandou a emoção) até o palco (por onde passaram mais de 20 forrozeiros) foi uma festa só, e ninguém deve ter gostado do que viu mais do que o próprio filho de Januário, pois, ali, o autêntico forró foi exaltado com todas as honras.

Na celebração interna, vários momentos muito emocionantes: 1- quando os artistas, na entrada, cantam “Ave Maria Sertaneja”; 2- quando, de joelhos diante do altar, no ato penitencial, cantam “Suplica Cearense”; 3- quando, no ofertório, cantam “Frutos da Terra”; 5- e quando, num grande coral com o povo, encerram a celebração cantando “Asa Branca”.

Ajudando ao Padre, na homilia, Dedé Monteiro disse:


Na defesa do Nordeste,
Nosso querido lugar,
Luiz foi mandacaru
Com valentia sem par,
Cutucando todo mundo
Pra ver a pátria acordar!

Precisamos de Santanas
Como a que gerou Luiz;
De Januários também,
Matutos de bom verniz,
Pra nos servirem de bênção,
Exemplo, espelho e raiz.
Bênção que fala de paz,
Exemplo que exige mais,
Espelho que tudo diz,
Raiz profunda e segura,
Que interfira na cultura
E dê vergonha ao pais!


E, em dueto com Vinícius, na despedida:


D- Foi celebração de vida!
V- Gonzagão nunca morreu!
D- A força do nome seu
V- Não comporta despedida.
D- Vinte e dois anos da ida
V- Do filho de Januário.
D- Foi tudo extraordinário!
V- Para o ano a Festa é 100!
D- Até o ano que vem,
V- Na Festa do Centenário!


De parabéns o Memorial, o Recife, o Nordeste e o Forró!
Grande abraço, poeta e papa Berto!

Dedé Monteiro


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