Dudu Morais improvisa com música de Maria da Paz

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Por Tereza Amaral -

No encerramento do I Festival de Cantadores do Pajeú das Flores, na última terça-feira (06), em São José do Egito, o jovem tabirense seguidor de Dedé Monteiro,
Dudu Morais, recebeu um mote diferente:

Improvisar em cima da música "No Tempo do Candeeiro e do Abanador", um belo retrato de uma época de autoria de Maria Dapaz e Bira Marcolino. O poeta não só aceitou o desafio como deu conta do recado sobre a canção

Um dia desses num tempo que já passou
A meninada brincava na rua
Bola de gude, bola de meia
De cabra cega e amarelinha
A violência era coisa do cinema
Algum bandido que o mocinho pegou
Tempo bom que não volta mais
Do candeeiro e do abanador

De tardezinha as cadeiras na calçada
A vizinhança vinha conversar
De tudo um pouco, da vida alheia
Da moça feia doida pra casar
O seresteiro cantava pra sua amada
Que da janela lhe sorria com amor
Tempo bom que não volta mais
Do candeeiro e do abanador

Quando eu me lembro do meu tempo de criança
Felicidade era o dia a dia
Não tinha medo de tempestade
E a tristeza não conhecia
O tempo passa mas aqui dentro do peito
Ainda sou menino do interior
Tempo bom que não volta mais
Do candeeiro e do abanador
E DUDU encantou a platéia com o seguinte Repente:

Como disse Paizinha certa vez
Ao cantar "Candeeiro e Abanador"
Foi-se o tempo que a paz do interior
Era o som do badalo de uma rês,

Já trocaram matuta e o camponês
E botaram o doutor no seu lugar
Até droga que faz degenerar
Esse solo sagrado já provou

O sertão que Paizinha decantou
Hoje vive implorando pra voltar
(Dudu Morais)

Maria Dapaz é carinhosamente conhecida pelo cognome Paizinha em Afogados da Ingazeira
Fonte: Maria Ana Siqueira


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