Glosando na Estrada - Mote de Eniel Alves

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Dia 06 passado, a caminho de Tuparetama para participarmos da
12ª edição do Balaio Cultural, o poeta tabirense
Eniel Alves apresentou este mote e eu fiz estes versos:

Quando o vaqueiro mudou-se
Para a casa do Senhor,
A hora do sol se por
Ficou feia, acinzentou-se.
O nó da corda afrouxou-se,
Ficou manso o marroeiro
E o cachorro companheiro
Junto da cova morreu
E o cavalo entristeceu
Com saudade do vaqueiro.

O rei da dor no seu trono
Não respeita bicho bruto,
Faz cavalo vestir luto
Com saudade do seu dono.
Vaqueiro, pobre colono,
Não deixa nada ao herdeiro,
Que seu cavalo primeiro
Lhe serviu, mas não foi seu
E o cavalo entristeceu
Com saudade do vaqueiro.

Alexandre Morais


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